El Clan, o novo sucesso de bilheterias argentinas

Não só de filmes com Darín ❤ nós vivemos (respiramos) em Buenos Aires… hahaha!!!

Semana passada finalmente fomos ver El Clan, o grande sucesso de bilheterias, que superou Relatos Selvagens na primeira semana de estreia.

O filme conta uma história verídica, que aconteceu na década de 80, sobre uma típica família de San Isidro, cidade no norte de Buenos Aires, que escondia um terrível segredo, se dedicava a sequestrar e assassinar pessoas.

O filme é estrelado por Guillermo Francella, que interpreta o patriarca da família, Archimedes Puccio, quem lidera e planeja os sequestros. Ele contava com a ajuda de dois amigos e dois filhos. O mais velho era Alejandro Puccio (interpretado por Peter Lanzani), estrela de um clube de rugby e jogador dos Pumas, responsável por identificar potenciais candidatos, e usar sua popularidade para evitar suspeitas. Os demais membros da família eram cúmplices passivos, já que sabiam o que acontecia e viviam dos benefícios obtidos com os resgates homéricos pagos pelas famílias dos sequestrados…

Família Puccio real (Foto: Reprodução)

Família Puccio do filme (Foto: Reprodução)

O filme é excelente e já recebeu vários prêmios. Em breve deve estrear no Brasil, não percam! Deixo vocês com o trailer para animar:

beijo beijo

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~ Habitar o cotidiano ~

Semana passada fomos visitar a família em Santa Fé e aproveitamos para visitar a mostra de arte de uma amiga, que eu achei interessantíssimo e decidi compartilhar com vcs.

A Paula é formada em artes e sempre está desenvolvendo algum trabalho artístico. O Ciro, seu filho, a acompanha curioso ao redor, querendo participar de tudo. Desta interação mãe-filho-arte surgiu a ideia de juntar o trabalho dos dois, que se transformou em uma exposição encantadora: Habitar lo cotidiano.

Ma. Paula Giudici / Con Ciro

Ma. Paula Giudici / Con Ciro

A Paula transformou diversos desenhos do Ciro em peças de argila, uma série de etiquetas, cenários com fitas coloridas e casinhas de tricô. Eu fiquei apaixonada pela delicadeza e criatividade dessa conexão entre mãe e filho!!!

Peças de argila

Peças de argila

Casinhas de fita colorida e objetos de argila

Etiquetas com desenhos

Etiquetas com desenhos

Cômoda

Casas e edifícios (desenhos originais)

Casas e edifícios (transformados em tricô)

Coisas mais coisas – um inventário dos objetos de uma casa

Inventário dos objetos de uma casa

Inventário dos objetos de uma casa

A simplicidade, a ternura, a criatividade (e os hormônios da gravidez) me deixaram apaixonada pela mostra! Parabéns Paula pelo trabalho incrível que você fez com o Ciro! 😉

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Um pouco de história e a minha participação na “Noche de los Museos”

Faz muito tempo que eu queria escrever sobre o Instituto de pesquisa onde eu trabalho, mas fiquei enrolando e o post nunca saiu… hoje decidi deixar a preguiça de lado e aproveitar que este ano o Instituto vai participar novamente da Noche de Los Museos e contar um pouco de cada coisa!

Para os que não sabem, a blogueira que vos fala (escreve) trabalha com algo completamente não relacionado ao blog, ou seja, diferente de turismo, publicidade ou jornalismo. Sou bióloga e trabalho com pesquisa científica há 14 anos (até me sinto uma velha contando dessa maneira, mas é porque comecei novinha no mundo das pipetas, tubos e vírus! haha!).

jalecoQuando me mudei pra Buenos Aires busquei uma oportunidade para continuar na mesma área de pesquisa que eu trabalhava em Curitiba e consegui uma posição para fazer um pós-doutorado na Fundación Instituto Leloir. O Instituto Leloir é um centro de investigação científica, de gestão pública e privada, dedicada à pesquisa básica e na formação de jovens pesquisadores em bioquímica e biologia celular e molecular. A Fundação foi criada em 1947 sob o nome de Instituto de Investigaciones Bioquímicas Fundación Campomar, sob a direção do Dr. Luis Federico Leloir, Prêmio Nobel de Química em 1970, laureado pelo descobrimento do papel dos açúcares na síntese dos carboidratos.

Fundación Instituto Leloir 2007 (Foto: Reprodução)

O Instituto é formado por 26 laboratórios distribuídos em 5 principais áreas: Neurociências e Doenças Degenerativas; Microbiologia e Doenças Infecciosas; Biologia Celular, Desenvolvimento e Câncer; Bioinformática e Biologia Estrutural; e Biologia Molecular de Plantas.

Ano passado nós participamos pela primeira vez da Noche de los Museos, um evento organizado todos os anos pelo governo da cidade, em que mais de 200 museus e centros culturais e científicos abrem suas portas para visitação, com entrada gratuita. A ideia era mostrar ao público geral um pouco do que fazemos e da importância da investigação científica. O que faz um cientista? O que é a ciência em nossas vidas? Que processos estudamos e qual a finalidade deles?

FIL – La Noche de los Museos 2014 (Foto: Reprodução)

FIL – La Noche de los Museos 2014 (Foto: Reprodução)

Cerca de 800 pessoas, vizinhos do bairro, moradores da capital e de cidades da região metropolitana vieram nos visitar e desfrutar do programa de atividades proposto. Estudantes, funcionários e pesquisadores se revezaram em diferentes tarefas de logística e organização e difusão do conhecimento, para proporcionar uma noite interessante e divertida, desde a história do Dr. Luis Federico Leloir, passando por stands interativos das principais áreas de investigação e terminando com um ciclo de palestras sobre a pesquisa realizada no Instituto.

Eu participei como voluntária no stand de microbiologia e adorei a experiência!

FIL – La Noche de los Museos 2014 (Foto: Reprodução)

FIL – La Noche de los Museos 2014 (Foto: Reprodução)

FIL – La Noche de los Museos 2014 (Foto: Reprodução)

FIL – La Noche de los Museos 2014 (Foto: Reprodução)

FIL – La Noche de los Museos 2014 (Foto: Reprodução)

FIL – La Noche de los Museos 2014 (Foto: Reprodução)

FIL – La Noche de los Museos 2014 (Foto: Reprodução)

FIL – La Noche de los Museos 2014 (Foto: Reprodução)

FIL – La Noche de los Museos 2014 (Foto: Reprodução)

FIL – La Noche de los Museos 2014 (Foto: Reprodução)

FIL – La Noche de los Museos 2014 (Foto: Reprodução)

FIL – La Noche de los Museos 2014 (Foto: Reprodução)

FIL – La Noche de los Museos 2014 (Foto: Reprodução)

FIL – La Noche de los Museos 2014 (Foto: Reprodução)

A Noite dos Museus foi criada em Berlim, em 1977, e hoje é comemorada em mais de 130 cidades em todo o mundo. A primeira edição de Buenos Aires foi em 2004, sendo a primeira capital da América em organizar o evento. Desde então, não parou de crescer, ano passado cerca de 800 mil pessoas participaram da atividade na cidade.

Este ano a Noche de los Museos será no dia 31 de outubro, das 20h às 03h. Se estiver na cidade, aproveita pra visitar algum dos lugares participantes. Nós vamos estar lá!!! Mais info aqui e aqui!

Noche de los museos 2015 (Foto: Reprodução)

Post anterior sobre La Noche de Los Museos aqui!

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Vik Muniz em Buenos Aires

Nem vou perder tempo me desculpando por andar sumida do blog porque já está ficando muito repetitivo… haha! Vamos direto ao assunto que é bem mais legal!!!!

Fim de semana passado fomos pela primeira vez ao MUNTREF (Museo de la Universidad Nacional Tres de Febrero, no Centro de Arte Contemporáneo – Sede Hotel del Imigrante) para ver a mostra do brasileiro Vik Muniz.

Vicente José de Oliveira Muniz, conhecido como Vik Muniz, nasceu em São Paulo e atualmente vive em Nova York. Começou sua carreira como escultor na década de 1980 e ficou mais conhecido em 1997 por seus retratos da série Chocolate e em 2006 com os retratos usando lixo. Em 2010 o documentário “Lixo Extraordinário” (Waste Land) contou o trabalho de Muniz em um dos maiores aterros sanitários do mundo, o Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro, e foi indicado para o Oscar de Melhor Documentário.

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A mostra apresenta uma retrospectiva das principais obras de Muniz, e a novidade é a primeira exibição da obra “Buenos Aires” da série Postcards from Nowhere.

Série Crianças de Açúcar (1996).

Série Imagem de Chocolate (1999).

Dupla de Monalisa (geleia e manteiga de amendoim) da série “À Maneira de …” (1999).

Che (feijão preto) da série “À Maneira de …” (2000).

Mapa Mundi da Série Imagens de Sucata (2008).

Detalhe do Mapa Mundi da Série Imagens de Sucata (2008).

Narciso, da Série Imagens de Sucata (2008).

Detalhe de Narciso – Série Imagens de Sucata (2008).

Série Imagens em Papel (2008).

As obras são incríveis mas as que eu mais gostei foram as colagens com fragmentos de revistas e fotos. Fiquei EN-CAN-TA-DA! Dá pra passar uma vida inteira olhando cada pedacinho colado, que nunca vão acabar as surpresas e detalhes…

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E também adorei as obras da série “Cartões Postais de Lugar Nenhum”, que foram montadas com centenas de pedaços aleatórios de cartões postais reais. São como imagens mentais, ambíguas e picadas da memória de um determinado lugar.

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A exposição é espetacular e muito recomendável, e estará no MUNTREF até o dia 14 de setembro de 2015.

Para terminar, aqui eu deixo o trailer do documentário “Lixo Extraordinário”, um trabalho excepcional:

 

Endereço:
Av. Antártida Argentina (entre Dirección Nacional de Migraciones e Buquebus)
Entrada por Apostadero Naval, Puerto Madero
Horário:
Terça a Domingo de 11h a 19h
Mais info:
Facebook MUNTREF e Web do artista
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#NiUnaMenos, a marcha multitudinária contra o feminicídio

O lema era #NiUnaMenos, minha primeira marcha de protesto nas ruas de Buenos Aires!

NiUnaMenosEra uma multidão sem fim… desde o metrô que tomamos para chegar até a esquina de Callao e Corrientes, até para conseguir um espaço perto do prédio do Congresso.

A marcha representava a luta contra o feminicídio (ou femicídio) e a violência de gênero. A falta de dados oficiais é um problema, mas estima-se que a cada 30 horas morre uma mulher por feminicídio na Argentina.

A marcha foi super divulgada pelos meios e redes sociais, com a hashtag #niunamenos, em decorrência do crescente número de mulheres vítimas da violência praticada pelos maridos, namorados, familiares ou ex-companheiros.

Eu não acho que a morte de uma mulher deve ser categorizada como pior que a morte de um homem, violência é violência, mas o número de casos de mulheres, adolescentes e crianças que são brutalmente assassinadas por seus parentes é cada vez mais espantoso!!!

NiUnaMenos1Os principais pontos do protesto eram:

ponto1 ponto2 ponto3 ponto4 ponto5Eu não consegui dar muitas voltas para fotografar por causa da quantidade de gente, mas deixo aqui algumas fotos que tirei do evento (clique para ampliar):

E na era dos drones, não podia faltar um nessa multidão! Olha esse video que eu encontrei, que imagem alucinante! Quem me encontrar ganha um alfajor! 😉

Mais amor, por favor!

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Graffitimundo, uma visão diferente da cidade

Sei que ando meio (bastante) sumida, mas foi por um bom motivo, estávamos de férias/lua de mel atrasada!!! Entre dias prévios de organização, viagem desconectada do mundo e o retorno com preguiça de encarar a realidade, demorou pra entrar no eixos…. mas estou de volta!!!

Antes de viajar fiz um passeio diferente e bem bacana, o “Graffiti and Street Art Tour“, organizado pelo Graffitimundo, uma organização sem fins lucrativos que promove a arte urbana de Buenos Aires e apoia os artistas locais.

Eu escolhi o tour da região norte da cidade, passando pelos bairros Colegiales, Chacarita, Villa Crespo e Palermo, que apresentam uma rica variedade de arte urbana de grandes artistas locais e internacionais.

Nos encontramos em frente a uma casa (“grafitada”, obviamente) em Colegiales. Éramos um grupo heterogêneo de 9 pessoas (dois carinhas da Suiça, um casal do Canadá, outro dos Estados Unidos, uma alemã, um argentino e euzinha brazuca) + a guia, que era irlandesa. Ô mundo globalizado!!!! O tour foi todo em inglês!

20150214-IMG_0205Esta fachada foi pintada por um grupo de amigos que vivia na casa na época.

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Daqui fomos caminhando por outros lugares do bairro e a nossa guia foi explicando um pouco sobre a história e o estilo de cada artista.

20150214-IMG_0213Esta esquina foi pintada por Gualicho:

20150214-IMG_0217 20150214-IMG_0218Os touros foram pintados pelo Jaz:

20150214-IMG_0219E ela também explicou sobre essa sobrexposição de grafitis entre os artistas, que vimos em vários momentos…

A imensidão dos desenhos por até seis andares nas paredes dos prédios é incrível…

20150214-IMG_0223Depois subimos em uma van e seguimos o passeio… em alguns pontos descíamos para admirar da calçada, e em outros ela explicava pela janela mesmo.

20150214-IMG_0231Esta casa foi pintada com a técnica de estêncil por Cabaio (o mesmo que pintou a estação Callao da linha B do metrô):

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Essa parede incrível foi pintada por Fintan Magee, um artista australiano:

20150214-IMG_0243Essa parede foi pintada inicialmente pelo Nerf:

20150214-IMG_0247No mesmo quarteirão estão outras obras do Nerf, do Jaz, da Pum Pum (a primeira artista de grafite de rua de Buenos Aires), entre outros.

20150214-IMG_0252 20150214-IMG_0255 20150214-IMG_0256Esses dragões estão aqui pertinho de casa e me espantei um dia quando virei a esquina e dei de cara com eles, gigantescos. Fantástico! Eles fazem parte de um projeto que traz a colaboração entre artistas locais e estrangeiros. A ideia é pintar “medianeiras” de edifícios de Palermo.

20150214-IMG_0269E para terminar o tour, fomos a um bar de grafiteiros, o Post Street Bar, onde nos fundos tem uma galeria de arte com quadros à venda.

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20150214-IMG_0274 20150214-IMG_0276 20150214-IMG_0278Um espaço bem alternativo, com grafites em cada cantinho das paredes. E um terraço com outras obras interessantes….

20150214-IMG_0279 20150214-IMG_0280 20150214-IMG_0281Eu, que sempre gostei e admirei a street art de Buenos Aires, fiquei encantada com a ideia do passeio guiado e de conhecer um pouco mais desse mundo. Um tour bem diferente do comum, eu super recomendo pra quem gosta do tema!

Eles ainda tem outro passeio pela parte sul da cidade (pelos bairros la Boca, Barracas e San Telmo), passeio de bicicleta, tours privados, tours fotográficos e workshops.

Mais informações na página do Graffitimundo, no blog e no Facebook.

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Museu Evita, para passear e comer bem

Bora colocar um pouco do papo em dia…

Num domingo desses, último dia dos papis em casa, não tínhamos nada programado pro almoço… queria fazer algo diferente… até que eu lembrei de ter lido nas minhas andanças pela internet que no Museo Evita tinha um restaurante bacana. Legal! Dois programas (e novos) num só, todos adoraram a ideia, procurei endereço, informações e lá fomos nós…

Como chegamos bem na hora do almoço, primeiro comemos e depois fizemos a visita no museu.

O restaurante do museu é bem charmoso, tem um pátio super fofo e um salão aconchegante. Nós preferimos comer dentro porque fazia muito calor e a única mesa disponível no pátio estava ao sol. O restaurante é pet frendly ou seja, aceita que os animais de estimação acompanhem seus donos no pátio, e eles oferecem água para o bichinho. Que nem sempre são tão “bichinhos” assim…

A comida estava muito boa! Um pãozinho caseiro de entrada delicioso! Nos sentamos perto do balcão e notamos a quantidade de pães que saíam para as mesas, incrível!

A mãe pediu uma massa verde que estava espetacular. Eu dividi um pouco com ela.

O Carlos pediu um salmão com arroz preto.

E o pai, claro, uma milanesa bem suculenta.

Depois de alimentados, fomos conhecer o museu.

Esse casarão lindo, da década de 1920, foi adquirido em 1948 pela Fundación de Ayuda Social María Eva Duarte Perón para abrigar o Hogar de Transito Nº2, um lugar que recebia mulheres do interior do país com problemas de saúde, trabalho, documentação ou moradia na sua passagem por Buenos Aires.

Em 1955 os bens da Fundação foram apreendidos e nas décadas seguintes o edifício foi ocupado por escritórios de administração do governo.

Em 1999 o imóvel foi resgatado e designado para ser sede do Instituto de Investigaciones Históricas Eva Perón, declarado “Lugar Histórico Nacional”. O Museu Evita foi inaugurado em Julho de 2002, respeitando e restaurando o valor e a identidade da casa. Em 2007 foi declarado “Monumento Histórico Nacional”.

O museu tem uma mistura de moderno e antigo, tecnológico e histórico, com exposições de objetos pessoais, vestidos usados por Eva, e vários vídeos contando a história do país e diferentes momentos da vida de Evita.

Sem dúvida, um passeio diferente para conhecer a história desse grande ícone que foi Evita Perón, e que marcou a história da Argentina.

Museo Evita
Endereço:
Lafinur 2988 – Palermo
Horário Museu:
Terça a Domingo de 11h a 19h
Segunda fechado
Horário Restaurante:
Segunda a Sábado de 9 a 00h
Domingo de 9 a 19h
Mais info:
Museu: Página Web e Facebook
Resto: Página Web e Facebook
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Devaneios de uma sexta-feira à noite…

MaitenaEsta semana eu precisei de um cabeleireiro e me dei conta de como, depois de mais de 3 anos morando aqui, eu ainda não consegui me relaxar com algumas coisas tão básicas da vida, como por exemplo ter cabeleireiro, manicure, depiladora, médicos e dentista… Sempre incluo estes tipos de atividades no itinerário das minhas visitas ao Brasil… 😛 Deixo todo mundo louco, porque nunca tenho tempo pra retorno, nem pra levar exame, tenho que agendar tudo antes de ir e as viagens a Curitiba terminam sempre numa correria.

Por um lado por um bloqueio psicológico meu… na minha cabecinha, ter tudo isso aqui em BsAs significa criar raízes mais profundas na Argentina e isso me assusta, pois não é meu sonho ficar aqui pra sempre (eu sei que é exagero da minha parte, mas é como funciona o cérebro humano).

Em segundo lugar, eu moooorro de preguiça de ter que procurar um profissional, e se eu não gostar, procurar outro, etc. Ou ainda me acostumar com o estilo, as burocracias médicas, etc…

Eu tava tão acostumada com meus médicos e dentistas de confiança, minha manicure, minha depiladora, minha cabeleireira… Pessoas que já me conheciam, sabiam meu estilo, do que eu gosto. Termos médicos, exames e trâmites que eu já sabia como funcionavam e onde tinha que ir…

A única coisa que eu meio que consegui aqui foi uma depiladora que eu gostei, mas isso depois de passar por outras duas e ter um pedaço da minha virilha mutilado (trauma superado, sqn)

Médicos eu só fui quando era muito necessário, tipo tava morrendo de dor de sinusite, ou porque precisei de um atestado médico pra fazer pilates, e quando eu caí da escada e torci o pé. Agora que eu voltei a ter plano de saúde aqui, resolvi deixar os medos de lado e aproveitar, já marquei várias consultas para fazer um check-up.

Mas voltando ao assunto que gerou todos esses devaneios… essa semana eu precisei de um cabeleireiro, fui num que me indicou uma amiga…. e adivinha… não gostei! que preguiçaaa! hahaha! Viu, é melhor cortar no Brasil mesmo. Mas apesar de não ter gostado, eu vou me acostumar, o cabelo vai crescer e o corte foi por uma boa causa. Eu e o Carlos vamos doar nossos cabelos para a ONG “Pelucas de Esperanza” que faz perucas para pacientes oncológicos, em Gualeguaychú, Entre Ríos.

Bom, era isso que eu tinha pra contar hoje… prometo que o próximo post vai ser mais divertido e menos “confissões de adolescente”… beijo beijo 😉

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Aires Buenos Tour, pelo lado B da cidade…

Sábado passado fui convidada pelo Túlio do Aires Buenos Blog para participar do “Aires Buenos Tour“. Eu achei ótima a ideia de um tour pelos pontos menos óbvios da cidade (que até eu não conhecia) e embarquei nessa.

O tour saiu de uma esquina em San Telmo… Justamente onde fica o Edificio Otto Wulff, que um dia foi sede da Embaixada Austro-húngaro (1914-1918). Um edifício imponente e lindíssimo! No topo, duas torres com cúpulas semelhantes, depósitos de água disponíveis em caso de incêndio. Uma com um sol, que representa a figura do Imperador Francisco José I de Habsburgo, rei da Hungria; e a outra, com uma coroa e uma lua, que representa a sua esposa, a Duquesa de Baviera, Isabel de Wittelsbach. As duas torres simbolizam a aliança dos dois reinos, e a união do homem e da mulher para a condução e eficácia do sistema, de acordo com a visão imperial. Na sua base, oito figuras prestam homenagem à cada profissão que ajudou a erguer o edifício: o ferreiro, o carpinteiro, o pedreiro, o serralheiro, o montador, o escultor, o mestre de obras e o próprio arquiteto. Atualmente o prédio está dividido em 56 unidades ocupadas por escritórios comerciais e profissionais.

Dali nós subimos numa van e fomos rumo à calle Lanín, no bairro Barracas. Eu já tinha ouvido falar (minha mãe lá no Brasil viu num programa da Globo e me deu a dica), mas nunca tinha ido até lá. É uma rua curtinha de apenas 3 quadras, mas muito simpática, com várias casas decoradas e pintadas, com as mais diversas formas e cores.

A decoração começou na década de 90, com a fachada do estúdio do artista plástico Marino Santa María. Os vizinhos se entusiasmaram com o trabalho do artista, e pediram para ele continuar o seu trabalho nas demais casas. Com a ajuda do Governo da Cidade, da Unesco, do Museu de Belas Artes e de várias empresas, conseguiram realizar o trabalho. São 35 casas decoradas!

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De lá, fomos para o outro extremo da cidade, para o Parque de la Memória, um parque diferente e com muita história para contar! Mais informações e fotos no post aqui.

Depois, um pit stop no Monumental, o estádio do River Plate.

20150117-IMG_9850E seguimos para o Mercado de las Pulgas, um lugar pitoresco, com algumas lojinhas de coisas antigas e muitos móveis bacanas… queria trazer muitos para casa!

Terminamos o passeio numa sorveteria d-e-l-i-c-i-o-s-a! Um lugarzinho muito simpático, com um sorvete super artesanal e com sabores bem diferentes…

O passeio foi completo com direito a explicação em português, garrafinha de água para refrescar, parada para banheiro e sorvetinho artesanal para fechar com chave de ouro.

Além disso, reencontrei uma colega dos tempos do segundo-grau que também estava no tour, e tive a oportunidade de conhecer pessoalmente os brazucas dos outros blogs que tanto me ajudaram a conhecer Buenos Aires e me inspiraram a também escrever sobre a minha experiência aqui. Adorei! Adorei! Adorei!

Foto: Maryana Campello

Blogueiros top e eu! (Foto: Maryanna Campello)

Para quem ficou curioso, tem mais Buenos Aires Tour em Fevereiro! Mais informações aqui!

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Parque de La Memoria

Inaugurando os posts de 2015! Feliz Ano Novo!!!!

Um dos passeios que estava na minha lista de lugares para conhecer já faz um tempo, desencantou!!! Aproveitamos a visita dos papis e fomos conhecer o Parque de la Memoria.

O Parque é um espaço público de catorze hectares, localizado na costa norte do Rio de la Plata (Costanera Norte). É um lugar de memória onde construíram monumentos com os nomes dos desaparecidos e assassinados durante o terrorismo de Estado, no período de 1969 a 1983. Os nomes estão dispostos cronologicamente por ano de desaparecimento e/ou assassinato, e em ordem alfabética pelo sobrenome; além disso, também estão indicados a idade das vítimas e os casos de mulheres grávidas. São 30.000 placas com aproximadamente 9.000 nomes.

O Rio de la Plata foi escolhido por ser testemunha muda do destino de muitos desaparecidos. E apesar de tanta história, tristeza e dor reunida nessa homenagem do Parque, eu senti muita paz nesse passeio, um lugar para pensar e refletir…

Monumento de nomes (Foto: BuenosAiresDaLu)

Uma das paredes de nomes… (Foto: BuenosAiresDaLu)

Monumento de nomes (Foto: BuenosAiresDaLu)

Também vimos várias esculturas distribuídas pelo Parque que compõem um programa de arte, resultado do Concurso Internacional de Escultura, realizado em 1999, onde se selecionaram 8 projetos e outorgaram 4 menções. No início de 2000 começou o plano de construção das esculturas, que se desenvolve a partir de estudos de viabilidade que analisam cada projeto, levando em conta questões relacionadas com a construção, manutenção e processos orçamentais.

Clicando em cada foto, dá pra ver a explicação de cada obra na página oficial do Parque.

A los derechos humanos” – León Ferrari (Argentina, 2011) (Foto: BuenosAiresDaLu)

“Pensar es un hecho revolucionario” – Marie Orensanz (Argentina, 2010) (Foto: BuenosAiresDaLu)

30.000” – Nicolás Guagnini (Argentina, 2009) – Vista de um lado (Foto: BuenosAiresDaLu)

30.000” – Nicolás Guagnini (Argentina, 2009) – Vista de outro lado (Foto: BuenosAiresDaLu)

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“Reconstrucción del retrato de Pablo Míguez” – Claudia Fontes (Argentina, 2010) (Foto: BuenosAiresDaLu)

Torres de la memoria” – Norberto Gómez (Argentina, 2012) (Foto: BuenosAiresDaLu)

Carteles de la memoria“- Grupo de arte callejero (Argentina, 2010) (Foto: Página Oficial do Parque)

Monumento al escape” – Dennis Oppenheim (Estados Unidos, 2001) (Foto: BuenosAiresDaLu)

Nós não chegamos a visitar, mas o Parque ainda conta com a sala PAyS (sigla de Presentes, Ahora y Siempre“), um espaço de discussão e reflexão sobre o terrorismo de Estado, dos direitos humanos e na construção de uma memória coletiva através da arte, pesquisa e atividades educativas. Neste espaço se realizam exposições de artes visuais, seminários, conferências, workshops, entre outras atividades que visam refletir criticamente sobre o terrorismo de Estado e de marcas que ainda persistem em nossa sociedade. Neste lugar também funcionam um Centro de Documentação e Arquivo Digital, e áreas de trabalho do parque. Todas as atividades são livres e gratuitas.

Paz e vista do Rio de la Plata… (Foto: BuenosAiresDaLu)

Um passeio diferente e bem gostoso.

Endereço:
Av Costanera Norte – Rafael Obligado 6745
Como chegar:
linhas de ônibus 33, 37, 45 e 160
Horário Parque:
Segunda a Sexta de 10 a 18h
Sábados, Domingos e Feriados de 10 a 19h
Horário Sala Pays:
Segunda a Sexta de 10 a 17h
Sábados, Domingos e Feriados de 12 a 18h
Mais info:
Página Web e Facebook
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